O Efeito Broadcom: Por que a VMware está perdendo milhares de clientes (e o que isso revela sobre o futuro da virtualização)

15 de abr. de 2025

O que acontece quando uma gigante de tecnologia decide reformular tudo, mesmo à custa de sua base de clientes? O mercado observa. E migra.


A aquisição que abalou o mercado

Em novembro de 2023, a Broadcom finalizou a aquisição da VMware por US$ 61 bilhões. A promessa era ambiciosa: simplificar o portfólio, escalar receita e transformar a VMware em um novo pilar da divisão de software da Broadcom. Mas os efeitos práticos dessa transformação foram radicais, e para muitos clientes, negativos.

Com o fim das licenças perpétuas, migração forçada para subscrições, aumento de preços (até 12x em alguns casos!) e a eliminação de linhas de produto, milhares de empresas se viram presas a um novo modelo… ou empurradas para fora dele.

A debandada silenciosa

Embora a Broadcom tenha conseguido reter cerca de 70% dos seus 10 mil maiores clientes com o VMware Cloud Foundation (VCF), o restante da base – composta por centenas de milhares de empresas de pequeno e médio porte, está mostrando outro comportamento.

Segundo a Gartner, cerca de 50% dos clientes de médio porte foram pegos de surpresa e não renovaram antecipadamente seus contratos. A CloudBolt reforça: 60% dos líderes de TI afirmaram que pretendem migrar parcial ou totalmente da VMware até o fim do contrato atual.

Alguns números emblemáticos:

  • +275% de aumento nas consultas sobre alternativas à VMware após a aquisição (Gartner).

  • Mais de 75% dos líderes de TI extremamente preocupados com os impactos do novo modelo (Wakefield Research).

  • Aumentos de custo de até 1200% em instituições de ensino que perderam os descontos acadêmicos.

Casos notórios de rompimento

A mudança de estratégia da VMware afetou não só pequenas empresas, mas também grandes corporações e instituições públicas:

  • AT&T: entrou com ação judicial contra a Broadcom após estimar um aumento de 1050% em seus custos com VMware.

  • Dell: encerrou seu acordo comercial histórico com a VMware.

  • London Grid for Learning (3.000 escolas no Reino Unido): enfrentou aumento de +268% no contrato trienal.

  • University of Canberra: migrou 100% para Nutanix AHV antes mesmo da aquisição.

Esses não são casos isolados. São sintomas de uma ruptura generalizada.

O que está em jogo (e quais os próximos passos)

A Broadcom aposta que reter os 20% de clientes mais lucrativos será suficiente para manter a rentabilidade da VMware. Mas há um preço a se pagar: o colapso da confiança. E esse custo, por vezes, não aparece nos balanços trimestrais, mas se mostra nos fóruns, nas migrações silenciosas, nas novas alianças que se formam.

Empresas que antes viam a VMware como “default” em virtualização agora estão reavaliando tudo. Entre as principais alternativas:

  • Proxmox VE: open source, leve e com comunidade forte.

  • KVM: hipervisor nativo de várias distros Linux, ideal para quem busca controle e performance.

  • Hyper-V: integração com Windows Server e Azure.

  • Nutanix AHV: forte em ambientes hiperconvergentes.

  • Migração direta para cloud pública: AWS, OCI, Azure, GCP – para workloads mais elásticos ou novas aplicações.

Conclusão: Quem não se adapta, perde espaço

A estratégia da Broadcom com a VMware pode até ser lucrativa no curto prazo, mas abre um vácuo enorme no mercado, um espaço que outros players estão correndo para ocupar.

Se a sua empresa depende de virtualização, o momento de agir é agora. Reavaliar seu stack, estimar custos de migração, comparar suporte e testar alternativas não é mais uma questão de inovação, é de sobrevivência.

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