Avanço tecnológico: Como a IBM e a Oracle Definiram o futuro dos bancos de dados
9 de ago. de 2024
Assim como com os discos de armazenamento e unidades de fita, a IBM (International Business Machines) também foi a precursora da ideia de criar uma forma mais barata e independente que pudesse disponibilizar informações aos usuários de seus sistemas. Até então, eram necessários vários profissionais para atuar organizando arquivos e gerenciando nas várias unidades de armazenamento de dados. Logo, conseguem imaginar o quanto era demorado e caro alguém obter um relatório de faturamento trimestral naquela época? Estamos falando das décadas de 60 para 70!
Foi então que Edgar Frank Codd, ou mais conhecido como Ted Codd, teve uma ideia de criar uma forma de armazenar esses dados e deixar que os próprios usuários tivessem condições de obter essas informações, sem a necessidade de tanta mão de obra e tempo para isso. Ted era programador matemático na sede da IBM em Nova York em 1949, e havia desenvolvido a Calculadora Eletrônica de Sequência Seletiva e depois para o conceito de multitarefa para o IBM 7030 Stretch. Após receber seu PhD em matemática em 1967, foi transferido então para uma das unidades da IBM responsáveis por inovações, a IBM Almaden Research Center.
Ted Codd cria então o primeiro modelo relacional para armazenamento de dados que é o mesmo princípio usado nos modelos atuais, chamado na época de “System R”. Essa linguagem foi chamada de SEQUEL (Structured English Query Language) e depois abreviada como SQL. Alguns anos depois, a IBM lançava os produtos SQL/DS e o mais conhecido, DB2. Até então, esses recursos eram para uso interno oferecidos apenas em conjunto com seus equipamentos grandiosos, chamados naquela época de Mainframe, sendo acessados por computadores denominados até então de terminais como por exemplo os IBM 3270.
No início da década de 1970, um jovem programador com habilidades e domínio em matemática chamado Larry Ellison, trabalhava para a Ampex desenvolvendo uma base de dados estruturada para nada mais nada menos que a CIA (Central Intelligence Agency). Nesta ocasião Ellison fez amizade com seu supervisor Robert Miner, e juntos em 1977 fundaram a Software Development Labs se aproveitando de seus conhecimentos e do fato da IBM não terem explorado melhor seu conceito do SEQUEL e montaram um sistema de base de dados que era compatível com centrais de computadores e diversos terminais e que ainda conseguia atender requisições simultaneamente! Nesta época eles mudaram o nome da empresa para Oracle, tendo como seus dois primeiros clientes a CIA e a Força Aérea dos EUA.
Em meados da década de 80, começava a surgir o conceito de Banco de Dados orientado a Objetos devido à alta demanda dos segmentos da Medicina, Multimídia, Laboratórios de Física, Química, Astrofísica, etc., que possuem uma demanda enorme para armazenamento de imagens e vídeos.
Entre o final de 80 e meados de 90, vários outros Bancos de Dados surgiram com a proposta de serem de uso livre, denominados Open Source, sendo eles MySQL, PostgreSQL, DBase III e Paradox. Também surgia o SQL-Server da Microsoft que queria muito entrar no segmento e que depois se juntava à sua linguagem de programação Visual Basic.
Logo após o boom das redes sociais, demandas gigantescas causadas pelas empresas Google, Facebook e Twiter, geraram a necessidade de um novo tipo de armazenamento que não era basicamente relacional, surgindo assim o chamado bancos de dados NoSQL (Not Only SQL – Não Somente SQL), como por exemplo MongoDB que é o mais usado até então e os proprietários Amazon DynamoDB, DataStaxCouchbase.
Em 2011 a SAP lançava seu próprio banco de dados, chamado HANA. Sua concepção estava focada em aplicações analíticas que precisavam de acesso extremamente rápido e com muito volume de dados simultaneamente, justamente do que os BigDatas precisavam. Seu significado é High Performance Analytic Appliance, traduzido como Ferramenta Analítica de Alto Desempenho. Este banco de dados é usado apenas pela própria SAP e seus produtos embarcados.
A IBM e a Oracle continuam a liderar a evolução tecnológica dos bancos de dados, com a IBM focando em IA e computação quântica e a Oracle em seu revolucionário Autonomous Database. Suas inovações atuais prometem não apenas atender às demandas modernas por dados, mas também definir o futuro da gestão de dados, evidenciando um compromisso constante com a automação, segurança e acessibilidade. Este legado de inovação sinaliza um caminho emocionante para o avanço contínuo da tecnologia de bancos de dados.
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